A Polícia Civil de Rondônia investiga a denúncia de fortes indícios de desvio de recursos do fundo do Instituto de Previdência do município de Nova União (IPRENU).
Segundo informações da Polícia Civil, o extrato bancário do Instituto apresenta movimentações feitas pelo presidente Josué Tomaz de Castro, afastado do cargo, que comprovam possíveis transferências de recursos públicos em benefício próprio.
Uma dessas transferências refere-se à quitação de taxas de IPVA de um veículo, que seria do próprio gestor. Outro pagamento feito teria sido de uma taxa de imposto de um veículo que pertence a uma congregação da cidade. O IPRENU não possui veículo.
O gestor estava no cargo há mais de 10 anos. Extrato dos últimos três meses de movimentação financeira do Instituto de Previdência aponta, superficialmente, que há mais de R$ 140 mil em repasses suspeitos.
O prefeito do município, João José de Oliveira, o popular “João Levi”, exonerou o presidente do cargo e enviou um ofício ao presidente do Tribunal de Contas de Rondônia, conselheiro Paulo Curi Neto, comunicando a suspeita de desvio com cópias em anexo da movimentação bancária dos últimos três meses.
“Como o processo ocorre em sigilo, toda informação compartilhada pode embaraçar as investigações pelas autoridades competentes, e oficiamos a Polícia Civil pedindo a investigação dos fatos”, pontuou o prefeito.
É ventilado na cidade de Nova União que a polícia pediu a prisão do ex-dirigente do IPRENU. Todavia, como a investigação corre em segredo de justiça, a reportagem não conseguiu confirmar se foi expedido mandado.