A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu, na manhã desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro por complicações de um câncer no cérebro.
A informação foi confirmada pela TV Globo, empresa pela qual ela exercia a profissão desde o início dos anos 1970.
“Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente – inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”, relatou a assessoria da emissora em nota.
“Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais”, acrescentou a TV Globo.
A jornalista deixa duas filhas, Laura e Maria.
Pelo dominical da TV Globo, a jornalista colecionou mais de 100 países visitados. Cobriu a guerra das Malvinas, em 1982, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista, em 1996, os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, por exemplo.
Fez entrevistas com diversos chefes de Estado – inclusive contava que o ditador militar João Figueiredo a tinha como desafeto.
“Onde chegava, o ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’”, relembrou ao Memória Globo.
Ela também entrevistou as maiores personalidades do planeta, como Michael Jackson, Harrison Ford, Leonardo DiCaprio e Madonna.
Início de carreira
Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro, filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta.
Estudou em colégios públicos, onde aprendeu inglês, francês e latim.
Enquanto cursava Jornalismo na PUC-Rio, chegou a conciliar os estudos com o emprego de telefonista da Embratel.
Em 1970, foi levada por uma colega para ser rádio-escuta da TV Globo no Rio, onde trabalhou pelo resto da vida.